Foi-se o tempo em que se acreditava na história de que os escravos preparavam para si substanciosos caldos de feijão cozido com miúdos de porco ou de boi que haviam sido descartados por seus “donos”. De provável inspiração europeia, a feijoada sempre esteve mais perto da casa grande do que da senzala; tratados como animais, quando muito, os cativos costumavam se…
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Comida de avô, no lombo do burro, no meio da tropa
A imagem do feijão-tropeiro cristalizou-se como a de um potente PF de tutu ou virado com bastante toucinho (ou bacon), acrescido de couve e, às vezes, também linguiça. Alguns dizem que a diferença entre essas receitas seria a farinha utilizada para engrossar o feijão: de mandioca, para o tropeiro; de milho, para o tutu e o…
Saberes (e sabores) guardados: o biscoito de vento
Lucília Francisca de Souza é mestre griô e quituteira, ou quitandeira, como a habilidade dela para fazer quitandas (biscoitos e bolinhos para comer junto de café coado) parece sugerir ser o jeito mais certo de chamá-la. Nascida em 1942 na zona rural de Nova Lima, em Minas Gerais, ela passou anos e anos na lida diária da…
Saberes (e sabores) guardados: as quitandas e a queca
Há algum tempo, quando escrevemos sobre as mayoras mexicanas, dissemos que elas são incansáveis no trabalho de passar adiante os conhecimentos culinários adquiridos informalmente por meio de suas mães, tias, avós. Agora, nesta terceira coleção que criamos para o Museu da Pessoa, falamos sobre aqueles que acreditamos ser uma versão das mayoras no Brasil: os mestres…