Saberes (e sabores) guardados: as receitas de uma mestre griô

Em cardápios de restaurantes, na razão de ser das casas de bolos, nas capas de livros de culinária e nos salões das confeitarias, a alusão a uma cozinha de antigamente, caseira e singela, torna-se cada vez mais frequente. É tanto “marketing da saudade” que, às vezes, duvido que saibamos dizer ou identificar o que seria de fato “comida de…

Saberes (e sabores) guardados: o doce de laranja cantado

É por conhecer a fundo as cantigas de roda de seus tempos de menina e as habilidades de benzedeira, e por gostar de passar esses saberes adiante, que Lucília Francisca de Souza se tornou mestre griô. No depoimento que deu ao Museu da Pessoa, fica claro que para ela cantar é parte atada ao contar sua história….

Saberes (e sabores) guardados: o biscoito de vento

Lucília Francisca de Souza é mestre griô e quituteira, ou quitandeira, como a habilidade dela para fazer quitandas (biscoitos e bolinhos para comer junto de café coado) parece sugerir ser o jeito mais certo de chamá-la. Nascida em 1942 na zona rural de Nova Lima, em Minas Gerais, ela passou anos e anos na lida diária da…

Saberes (e sabores) guardados: as quitandas e a queca

Há algum tempo, quando escrevemos sobre as mayoras mexicanas, dissemos que elas são incansáveis no trabalho de passar adiante os conhecimentos culinários adquiridos informalmente por meio de suas mães, tias, avós. Agora, nesta terceira coleção que criamos para o Museu da Pessoa, falamos sobre aqueles que acreditamos ser uma versão das mayoras no Brasil: os mestres…

O molho de tomate da discórdia de Marcella Hazan

Este molho de tomate, que o site de receitas Epicurious ensina a fazer no vídeo acima, é talvez a mais conhecida receita que a italiana Marcella Hazan (1924-2013) legou ao público americano – e talvez a que ainda cause mais polêmica. Autora de muitos livros de culinária, incluindo o Fundamentos da Cozinha Italiana Clássica, lançado em português em 1997 pela…

O pão com bife para D. Miú

Do Boqueirão, em Santos, no litoral de São Paulo, Luiz A. G. Cancello escreveu O Bife. Nesse texto, o filho de D. Miú, nascido em 1945, lembra das recomendações de uma prima para fazer o bife perfeito (jamais se deve ceder à tentação de dar uma última virada) e das circunstâncias que o levaram para…

O bife da tia Noêmia

Raimundo Alves de Lacerda vive em Jacarepaguá, Rio de Janeiro. Ele nasceu em 1947. Quando era pequeno, um Chevrolet Impala (quem sabe um Cadillac) o levava, junto de sua mãe e seus irmãos, para um fim de semana de alegria na casa de sua tia Noêmia, mulher do tio Bilô e fazedora de um bife acebolado…