A sopa de pão é minha primeira lembrança de gosto. Podia ser pão perdido, esquecido ou novo. Era doce e montada na caneca de alumínio meio amassada. Rasgo o pão, derramo café e leite e polvilho açúcar. Naquele tempo [1981, 1982], quando encontrava no meio da sopa um miolo cheio de manteiga, sabia que havia sido premiada…
Mês: agosto 2016
Os pastéis da vó Ondina
Flávia Pegorin foi buscar sua memória de gosto em Jundiaí, no jeito plural da vó Ondina: os pastéis recheados de carne moída que ela “fritava de dois em dois, usando garfo e colher pra virar, inundando a casa com o cheiro indescritível de óleo de milho quente e massa crocante”. Flávia é paulista de Santo…
O pão molhado e temperado com azeite, alho e sal
Paulistana, Rita Del Mônaco cresceu na Vila Mariana e hoje vive em Perdizes. Nascida em 1965, ela conta que, na infância, sua família morava na casa de seus avós. Ele era ourives e ela preparava fartas refeições aos domingos. Todas as noites havia uma tradicional sopa, para começar. Naquele lugar, ao redor da mesa em…
O Dicionário das Comidas Impossíveis
Atenção: este endereço é antigo. O dicionário mudou para uma página fixa em lembraria.com/o-dicionario-das-comidas-impossiveis. Agora ele é atualizado por lá! Este relicário de memória afetiva descreve sabores únicos e lembranças por meio das quais as pessoas contam uma parte de sua história. O Dicionário das Comidas Impossíveis surge dos depoimentos enviados, por escrito, para o questionário Fatias…
O bolinho de aipim do apartamento em Copacabana
Constance Escobar nasceu no Rio de Janeiro, onde vive até hoje, aos 37 anos. É da época em que ela, criança, morava em um apartamento em Copacabana que vem uma de suas lembranças de comida mais inesquecíveis. O cenário era a cozinha e os personagens principais, a mãe, o bolinho de aipim e uma menina curiosa….
A polenta do café da manhã no fogão a lenha
Angela Maria Mardegan nasceu em Icaraíma e hoje, aos 48 anos, vive em Maringá, também no Paraná. Sua lembrança de comida mais especial tem a ver com a infância, o fogão a lenha e a polenta tostadinha que sua mãe, paulista de Borá, preparava não para o almoço ou o jantar, mas para o café…
O café da manhã do avô
Carlos Sia está prestes a completar 36 anos e, até hoje, nunca provou algo parecido com o sabor da lembrança do café da manhã que seu avô preparava para ele, quando pequeno. Ele nasceu em Belo Horizonte, onde vive ainda hoje. “A memória de comida que mais mexe comigo era um tipo de misto que…
A banana frita com café do lanche acreano
Nilcélia Pires dos Santos tem 24 anos e mora no Acre, em uma cidade chamada Epitaciolândia, de menos de 15 mil habitantes, a mais de três horas de carro da capital Rio Branco. A lembrança de comida mais marcante de Nilcélia é persistente: a acompanha desde a época em que ela ainda vivia em Brasileia, onde nasceu, e…
Os bifes acebolados da vó Celina
Paula Pereira nasceu na cidade de São Paulo, mas parecia aguardar ansiosa as datas especiais em que, com a família toda, viajava para Ibitinga, no interior. Lá, ficava a casa-armazém da avó Celina, com quintal grande, pomar e bifes acebolados inesquecíveis. Aos 43 anos, Paula vive hoje entre Mairiporã e São Paulo e ainda não…
A geração canudinho
No início dos anos 1940, a turma de intelectuais que visitava a Confeitaria Vienense ganhou o apelido de “geração Coca-Cola” por usar o refrigerante americano – em vez de uísque e afins – como combustível para a sua sóbria “boemia”. No fim da mesma década, com a bebida borbulhante já consolidada entre os jovens, a expressão passou a ter…